Tudo se faz de forma assim tão vária
a nunca ser o mesmo que se escreve;
escreve-se porque falar é breve
e, eterna, a lavra quer-se abecedária;
tudo se faz, portanto, involuntária
e cautelosamente, como deve
quem deseja dotar o que é mais leve
de concisão sutil tão necessária;
porque se passe a limpo o repetido
para gravar o travo do que é dito
fixo na cifra e nítido no lido;
faz-se todo, finito após finito
a fim de, a cada surto do sortido,
somar-se ao infinito um outro escrito.
FEIRA DO LIVRO - PARTE 2
Há 2 dias
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