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sábado, 29 de dezembro de 2012

Toda a ciência está aqui - Eugenio de Andrade

Toda a ciência está aqui,
na maneira como esta mulher
dos arredores de Cantão
ou dos campos de Alpedrinha,
rega quatro ou cinco leiras
de couves: mão certeira
com a água,
intimidade com a terra,
empenho do coração.
Assim se faz o poema.


Andrade, Eugênio de. Rente ao dizer. Fundação Eugênio de Andrade, 1992.

Ao fim da tarde - Eugenio de Andrade

Ninguém esperava ver o mar naquele dia
mas era o mar
que estava alí à porta naqueles olhos.


Andrade, Eugenio de. Poemas de Eugenio de Andrade. Org. por Arnaldo Saraiva. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.