sábado, 2 de fevereiro de 2013

Nihil ´- Antonio Cícero

nada sustenta no nada esta terra
nada este ser que sou eu
nada a beleza que o dia descerra
nada a que a noite acendeu
nada esse sol que ilumina enquanto erra
pelas estradas do breu
nada o poema que breve se encerra
e que do nada nasceu.



Cícero, Antonio. Porventura. Rio de Janeiro: Record, 2012.

Nenhum comentário:

Postar um comentário