Picasso
erra
quando pinta
e erra
quando ama.
Mas quando erra,
erra
violenta e
generosamente,
erra
com exuberante
arrogância,
erra
como o touro erra
seu papel de vítima
sangrando
quem, por muito amar, fere
e sai ovacionado
com bandeirilhas na carne.
Pintor do excesso
e exuberância,
Picasso
é extravagância.
Ele erra, mas nele,
o erro
mais que erro
- é errância.
Poesia reunida: 1965-1999/ Affonso Romano de Sant'Anna.-Porto Alegre: L&pm,2004.
FEIRA DO LIVRO - PARTE 2
Há 20 horas
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