O meu amor me deixou
levou minha identidade
não sei mais bem onde estou
nem onde a realidade.
Ah, se eu fosse marinheiro
era eu quem tinha partido
mas meu coração ligeiro
não se teria partido
ou se partisse colava
com cola de maresia
eu amava e desamava
sem peso e com poesia.
Ah, se eu fosse marinheiro
seria doce meu lar
não só o Rio de Janeiro
a imensidão e o mar
leste oeste norte sul
onde um homem se situa
quando o Sol sobre o azul
ou quando no mar a Lua
Não buscaria conforto
nem juntaria dinheiro
um amor em cada porto
Ah, se eu fosse marinheiro.
A lua no cinema e outros poemas/organização Eucanaã Ferraz. - São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
FEIRA DO LIVRO - PARTE 2
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