Ninguém abra a sua porta
para ver o que aconteceu:
saímos de braço dado,
a noite escura mais eu.
Ela não sabe o meu rumo,
eu não lhe pergunto o seu:
não posso perder mais nada,
se o que houve já se perdeu.
Vou pelo braço da noite,
levando tudo que é meu:
- a dor que os homens me deram,
e a canção que Deus me deu.
Meireles, Cecília, 1901-1964
Cecília de bolso/Cecília Meireles; [organizador Fabrício Carpinejar].
- Porto Alegre,RS: L&PM,2010.
FEIRA DO LIVRO - PARTE 2
Há 20 horas
Nenhum comentário:
Postar um comentário