Ando à procura de espaço
para o desenho da vida.
Em números me embaraço
e perco sempre a medida.
Se penso encontrar saída
em vez de abrir um compasso,
projecto-me num abraço
e gero uma despedida.
Se volto sobre o meu passo,
é já distância perdida.
Meu coração, coisa de aço
começa a achar um cansaço,
está a procura de espaço
para o desenho da vida.
Já por exausta e descrida
não me animo a um breve traço:
saudosa do que não faço,
do que faço, arrependida.
REFLEXÕES DO MESTRE DO GÊNERO
Há 3 semanas
Maravilhosa Cecília!Como viver sem sua poesia?
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