Deixa que as coisas te interpretem,
Que o vento sinta tua pele,
Que as pedras meditem teus passos,
E as águas criem tua realidade.
Vive o mistério da terra,
O segredo da semente,
O caminho da seiva,
O milagre do fruto.
Deixa que as coisas meditem sobre ti,
Que ventos, pedras e águas recriem tua imagem;
Entende a mão que te colhe,
A lâmina que te despe
E sangra teu silêncio,
Reflete o mundo branco que te mastiga,
Transforma-te em carne, e em galeras de sangue
Regressa.
A vida terá partido, com bicos noturnos,
A casca da palavra.
FEIRA DO LIVRO - PARTE 2
Há 21 horas
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