Eu não fui mais que um cético suicida
que passou, pelo mundo, indiferente,
a passos leves, esbanjando a vida
prodigamente, perdulariamente.
"É um pobre moço! Um doido! Nem duvida
dessa mulher!" - dizia toda gente.
Mas eu passava de cabeça erguida
e te levava a vida de presente!
Dei-te quanto pediste. Ingênua e nua,
minha alma toda ficou sendo outrora
tua, só tua, unicamente tua.
Quis dar-te mais: tu nada mais quiseste!
Pelo bem que te fiz, padeço agora
a saudade do mal que me fizeste.
FEIRA DO LIVRO - PARTE 2
Há 21 horas
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