sábado, 31 de julho de 2010

A palmeira - Cecília Meireles

Palmeira sem história,
anônima na mata
unida ao verde, a tantas
ramagens recostada
e a seu destino presa,

quando te olho recordo
uma vila distante
de amarelo crepúsculo,
onde os pássaros vinham
pousar na minha mesa;

quando te amo compreendo
que és a sombra daquela
perdida em tarde e névoa
e o amor que por ti sinto
é saudade e tristeza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário