Noites, estranhas noites, doces noites!
A grande rua, lampiões distantes,
Cães latindo bem longe, muito longe.
O andar de um vulto tardo,raramente.
Noites, estranhas noites, doces noites!
Vozes falando, velhas vozes conhecidas,
A grande casa; o tanque em que uma cobra
Enrolada na bica, um dia apareceu.
A jaqueira de doces frutos, moles, grandes.
As grades do jardim. Os canteiros, as flores.
A felicidade inconsciente, a inconsciência feliz.
Tudo passou.Estão mudas as vozes para sempre.
A casa é outra já, são outros os canteiros e as flores.
Só eu sou o mesmo, ainda: não mudei!
FEIRA DO LIVRO - PARTE 2
Há 21 horas
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