O livro que hoje escrevo foi escrito
Em outro plano estático e diverso,
Sei que morro no fim de cada verso
E renasço no início de outro mito.
Em cada letra tinta de infinito
Há um diálogo mudo que converso
Com nebulosas de meu universo
Onde nasceu a página que dito.
Sei que sou neste instante o que já fui,
E aquilo que recebo agora flui
De um campo superior onde me deito.
Durmo além, nessa plaga que recordo:
Só escrevo neste plano onde hoje acordo,
Aquilo que ainda sonho no outro leito.
FEIRA DO LIVRO - PARTE 2
Há 21 horas
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