sexta-feira, 9 de abril de 2010

Vivo quotidianamente - Paulo Bomfim

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Vivo quotidianamente
O último dia do mundo:
Pedra, árvore e bicho,
Amo com minha transparência,
Sofro em meus sentidos fustigados,
Adormeço m meus gestos primitivos;
Livre, seria o vento,
A água da  montanha,
O lobo da floresta.
Prisioneiro, sou apenas
O homem que se despede do mundo,
E volta para o mundo.

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