Às vezes, de noite,
acordo com muito medo
de alguém roubar os meus segredos,
às vezes, de noite.
Às vezes, de noite,
adormeço e no lume da vela
estou desperta e mais velha
às vezes, de noite.
Às vezes, de noite,
no meu sonho corre um rio
que me faz tremer de frio,
às vezes, de noite.
Às vezes, de noite,
me digo que sou boa, que sou meiga e que sou bela.
E cresci. E estou cega.
Às vezes, de noite.
Capparelli, Sergio,1947.
restos de Arco-Íris/Sergio Capparelli. - 5ª ed.
Porto Alegre: L&PM, 1977.
FEIRA DO LIVRO - PARTE 2
Há 20 horas
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