Todos os dias agora acordo com alegria e pena.
Antigamente acordava sem sensação nenhuma; acordava.
Tenho alegria e pena porque perco o que sonho
E posso estar na realidade onde está o que sonho.
Não sei o que hei-de ser comigo.
Quero que ela me diga qualquer coisa para eu acordar de novo.
Que ama é diferente de quem é.
É a mesma pessoa sem ninguém.
Pessoa/Fernando, 1888-1935.
Poesia/Alberto Caeiro; edição Fernando Cabral martins,
Richard Zenih.- São Paulo: Companhia das letras, 2001.
FEIRA DO LIVRO - PARTE 2
Há 2 dias
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