Cada dia sem gozo não foi teu:
Foi só durares nele. Quanto vivas
Sem que o gozes, não vives.
Não pesa que ames, bebas ou sorrias:
Basta o reflexo do sol ido na água
De um charco,se te é grato.
Feliz o a quem, por ter em coisas mínimas
Seu prazer posto, nenhum dia nega
A natural ventura!
Pessoa, Fernando, 1888-1935
Poesia/ [poesias de] Ricardo Reis. - São Paulo: Companhia das Letras,2000.
FEIRA DO LIVRO - PARTE 2
Há 20 horas
Nenhum comentário:
Postar um comentário