domingo, 20 de dezembro de 2009

Saudade de Manuel Bandeira - Vinícius de Moraes

Não foste apenas um segredo
De poesia e de emoção
Foste uma estrela em meu degredo
Poeta, pai! áspero irmão.

Não me abraças-te só no peito
Puseste a mão na minha mão
Eu, pequenino - tu, eleito
Poeta, pai! áspero irmão.

Lúcido, alto e ascético amigo
De triste e claro coração
Que sonhas tanto a sós contigo
Poeta, pai, áspero irmão?

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