Era uma vez... Mas eu não sei como, onde, quando, por que foi isso. Eu sei que ela estava dançando.
O jazz-band esgarçava o véu de uma doidice.
Ela olhou-me demais - e um amigo me disse:
- "Cuidado! É sempre assim que essas coisas começam!"
Estas frases banais, vazias, me interessam,
porque elas sempre tem, à flor de certas bocas,
a ressonância musical das coisas ocas.
Deixei meu sonho ecoar dentro daquela frase:
e senti, sem querer, necessidade quase
de começar alguma coisa...
Ontem, o amigo
- o precioso banal - encontrou-se comigo.
Ele pôs num sorriso esta frase indiscreta:
- "Então, quando é que acaba essa história, meu poeta?"
FEIRA DO LIVRO - PARTE 2
Há 2 dias
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