De terra te quero; poema,
e no entanto iluminado.
De terra
o corpo perpassado de eclipses,
poroso
poema
de poeira-
onde berram
suicidas e perfumes;
assim te quero
sem rosto
e no entanto familiar
como o chão do quintal
(sombra de todos nós depois
e antes de nós
quando a galinha cacareja e cisca).
De terra,
onde para sempre se apagará
a forma desta mão
por ora ardente.
FEIRA DO LIVRO - PARTE 2
Há 20 horas
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