sábado, 5 de junho de 2010

Escrever ao sabor da pena - Clarice Lispector

    Esta frase me ficou na memória e nem sequer sei de onde ela veio. Para começar, não se usa mais pena. E depois, sobretudo, escrever à máquina, ou com o que seja não é um sabor. Não, não, estou me referindo a procurar escrever bem: isso vem por si mesmo. Estou falando de procurar em si próprio a nebulosa que aos poucos se condensa, aos poucos se concretiza, aos poucos sobe à tona - até vir como num parto a primeira palavra que a exprima.

Um comentário:

  1. escrever ao sabor da grafite...
    ainda se escreve quem usa lápis...
    escrevendo com as penas da mente...
    esccriturando com o olhar...
    digitando ao sabor dos electrões...
    têm um sabor próprio a ozono e a metal para quem já eletrocutado foi...
    de resto a frase é antiga...não é de clarice lispector que eu nunca li mas tem menos de 100anos há um poema francês sobre isso...1850..e tal bueno...
    num momento somente num momento as palavras vieram à tona e como num jorro exprimiram...o quê?شكرًا على حسن انتباهكم

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