Sobre a montanha estava em certo dia,
Era quase ao morrer do sol...defronte,
Dos lados, aos meus olhos se estendia
A vastidão do lúgubre horizonte.
Infinito aos meus pés, tremendo, eu via,
Infinito por sobre a minha fronte,
E a Verdade a fugir-me à luz sombria,
À pavorosa luz do sol poente...
Súbito um medo veio-me...esmagado
Até quase à loucura deslumbrado,
Fico, imóvel, suspenso, aflito, aflito...
Que não há medo que enlouqueça tanto,
Como a indizível contorção de espanto,
O extraodinário Medo do infinito!
FEIRA DO LIVRO - PARTE 2
Há 2 dias
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