Triste, a escutar, pancada por pancada,
A sucessividade dos segundos,
Ouço, em sons subterrâneos, do Orbe oriundos,
O choro da Energia abandonada!
É a dor da Força desaproveitada
- O cantochão dos dínamos profundos,
Que, podendo mover milhões de mundos,
Jazem ainda na estática do Nada!
É o soluço da forma ainda imprecisa...
Da transparência que se não realiza...
Da luz que não chegou a ser lampejo...
E é, em suma, o subconsciente aí formidando
Da natureza que parou, chorando,
No rudimentarismo do Desejo!
FEIRA DO LIVRO - PARTE 2
Há 20 horas
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