Vem amiga; darte-ei a tua ceia
e a comida que acaso desejares,
e algum poema que ilumine os ares
menos que a luz malsã dessa candeia.
Aqui terás o peixe desses mares
e o mais gostoso mel de toda a aldeia.
De onde vens? De que cimos? De que altares?
Que luz angelical te agita a veia?
Como te chamas vida da outra vida,
espelho noutro espelho transmudado,
lume na minha luz anoitecida?
Serás o dia à noite do outro lado
de meu ser que nas trevas se apagou?
Ou serás qualquer lume que não sou?
FEIRA DO LIVRO - PARTE 2
Há 21 horas
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