quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A castanheira - Guilherme Pamplona Puget

Se abatem sobre a terra os temporais
Em dias de fúria, fúria de jornada inteira
Caem as frágeis, as árvores banais...
Incólume, das mais fortes resta a castanheira.

Esta filha da terra de galhos colossais
De um verde nobre, orgulhosa e altaneira
Resiste sem pavor a destroçantes vendavais
Tranquila ao que pasma a mata inteira.

E, no entanto,é tão dócil esta gigante
Que açoitada, apenas frutos no chão despeja
Afetando meu coração poeta,poeta amante...

Que assim se comporte a mulher que se deseja
Imitando a árvore seja, forte e vibrante...
Mas delicada e doce como a castanheira seja

2 comentários:

  1. Que lindo soneto, Cristina!

    Já tem um bom tempo que eu procuro poemas assim, que fale de coisas belas apenas, que inspire o coração a voar!

    Muito grato!

    ;-)

    P.S.: Não conhecia esse poeta. É parente seu? (pelo sobrenome...)

    ResponderExcluir
  2. Que lindo soneto, Cristina!

    Já tem um bom tempo que eu procuro poemas assim, que fale de coisas belas apenas, que inspire o coração a voar!

    Muito grato!

    ;-)

    P.S.: Não conhecia esse poeta. É parente seu? (pelo sobrenome...)

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