Memória, não eras - és.
Não te revivo - vives
pelas minhas mãos e meus sentidos.
És presente, eu te tateio
e, mais que isso, te recrio.
Estás nos meus domínios - te apascento.
Ouço a flauta de meu pai
que aos domingos...
Esta flauta, sabei-o,
não tem chaves nos dedos,
nem no tempo que é o estojo,
flauta e chave abrem-se de mim.
Não é a lembrança, repito,
é a flauta de meu pai
-tocando em mim.
FEIRA DO LIVRO - PARTE 2
Há 21 horas
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