Muitos nunca entenderão
o fazer versos. Acham um passatempo
e insensatez perversa.
Contemplo-os à noite, do terraço
que dá para a solidão de seus quartos.
Dormem todos. Mas há luzes acesas.
Devem ser poetas que desconheço
e me desconhecem, e alta noite reconstroem,
mudos, um diálogo de muitos,
como se nunca fossem morrer.
Os outros dormem. Dormem
imaginando, ás vezes, como o artista há de ser.
O artista, apenas, arde o ser.
FEIRA DO LIVRO - PARTE 2
Há 21 horas
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