Que a força do medo que eu tenho,
não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo o que acredito
não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito,
mas a outra metade é silêncio...
Que a música que eu ouço ao longe,
seja linda, ainda que triste...
Que a mulher que eu amo
seja para sempre amada
mesmo que distante.
Porque a metade de mim é partida,
mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
não sejam ouvidas como prece
e nem repetidas com fervor,
apenas respeitadas,
como a única coisa que resta
a um homem inundado de sentimentos.
Porque metade de mim é o que ouço,
mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz
que eu mereço.
E que essa tensão
que me corrói por dentro
seja um dia recompensada.
Porque metade de mim
é a lembrança do que fui,
a outra metade eu não sei.
Que não seja preciso
mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio
me fale cada vez mais.
Porque metade de mim
é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta,
mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar
porque é preciso simplicidade
para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é platéia
e a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor,
e a outra...
também.
FEIRA DO LIVRO - PARTE 2
Há 21 horas
Este poema não é do Ferreira Gullar. É do Oswaldo Montenegro. Verficar biografia.
ResponderExcluirEu recebi eese poema por email através de slides, com narração de Oswaldo Montengro. Muito lindo, inspirador. Emocionante!!!
ResponderExcluirPara acessar meu blog: ww.qbonecadoll.blogspot.com. Vai se emocionar também, garanto!!
Sobre a autoria do poema: http://leaoramos.blogspot.com/2007/06/que-minha-loucura-seja-perdoada-em.html
ResponderExcluirCaros companheiros de poesia
ResponderExcluirRealmente, esse poema não é de Ferreira Gullar. Há um poema dele chamado traduzir-se que pode provocar confusão. Agradeço a preciosa colaboração.
Ana cristina Penov